O caso de Vitória Regina de Souza, adolescente de 17 anos, chocou a cidade de Cajamar, na Grande São Paulo. Após sete dias desaparecida, ela foi encontrada morta em uma área de mata, em um crime brutal que mobiliza a polícia e revolta a comunidade.
O Relato do Pai
O pai de Vitória sempre tinha o hábito de buscá-la no ponto de ônibus ao final do dia. No entanto, na noite do desaparecimento, em 26 de fevereiro, ele não conseguiu ir, pois o carro da família estava na oficina. Essa informação foi confirmada pelo delegado Aldo Galiano Junior, responsável pelo caso.
As imagens das câmeras de segurança mostram Vitória chegando ao ponto de ônibus, esperando e embarcando no coletivo. Depois disso, não há mais registros do seu paradeiro.
Investigações e Suspeitos
A Polícia Civil de Cajamar já ouviu 14 pessoas, incluindo o ex-namorado de Vitória. Ele teve a prisão decretada pela Justiça, mas segue foragido. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as diligências para localizá-lo continuam.
Segundo o delegado Aldo Galiano Junior, o depoimento do ex-namorado apresenta inconsistências. O tempo dos acontecimentos relatados por ele não bate com as evidências coletadas pela polícia. “Está fora de todo o contexto da cena”, afirmou o delegado.
A brutalidade do crime gerou grande comoção entre os moradores da região, que cobram justiça. A família, abalada, espera por respostas e punição dos responsáveis.
Desafios na Investigação
A investigação enfrenta desafios devido ao estado avançado de decomposição do corpo de Vitória. O delegado Fábio Lopes Cenachi explicou que, nessas condições, é difícil determinar a causa da morte sem os laudos oficiais do Instituto Médico Legal (IML). “É cedo para qualquer conclusão sem um exame detalhado”, disse ele.
Outro obstáculo é a obtenção de provas digitais. Muitas informações relevantes podem estar em aplicativos de mensagens e redes sociais, mas a polícia precisa de autorização judicial e, muitas vezes, da colaboração de empresas estrangeiras. “Essas provas levam tempo para serem liberadas, já que dependemos de operadoras e concessionárias internacionais”, afirmou Cenachi.
Busca por Justiça
Enquanto a investigação avança, a comunidade de Cajamar acompanha o caso de perto, clamando por justiça. A dor da família de Vitória é imensurável, e a polícia segue empenhada em reunir provas para responsabilizar os envolvidos.
A expectativa agora está nos laudos periciais e na captura do suspeito foragido. Apenas com uma apuração minuciosa será possível esclarecer os fatos e garantir que os culpados sejam punidos.