Silvia Abravanel, a “filha número 2” de Silvio Santos, foi adotada pelo apresentador ainda recém-nascida, em abril de 1973. Casado com Maria Aparecida Vieira, a Cidinha, a menina tinha apenas 3 dias de vida quando foi acolhida pela família. Sua mãe biológica, sem condições de criá-la, a havia encaminhado para um orfanato.
Naquela época, as regras de adoção eram menos rigorosas no Brasil, e era comum a atuação das “mães-cegonhas” — mulheres que intermediavam a adoção de bebês sem lar para famílias interessadas. Terezinha Mãe Cegonha, uma dessas intermediárias, conversou com Manuel de Nóbrega (1913-1976) sobre a possibilidade de adotar a menina, mas ele e sua esposa não estavam dispostos a ampliar a família. Na época, Carlos Alberto de Nóbrega, filho do casal, já tinha 19 anos.
“Eu cheguei em casa com três dias de vida. Parecia uma lagarta, toda amarradinha. Tinha uma senhora chamada Terezinha Mãe Cegonha, que encontrava filhos para pais que não tinham e era muito amiga do Manuel de Nóbrega. Era para eu ser irmã do Carlos Alberto e não filha do Silvio. Só que o Carlos Alberto já era mais velho, ele tinha 19 anos. Aí o Manuel falou: ‘Eu não quero. A Dalila não quer. Mas o Silvio quer. Dá para a Cida'”, contou Silvia em entrevista ao podcast Bagaceira Chique.
Quando foi adotada, Silvio e Cidinha já tinham uma filha, Cintia Abravanel, de 9 anos. Silvia tem poucas lembranças da mãe adotiva, que faleceu quando ela tinha apenas 5 anos.