Foi por uma margem mínima que o tiro disparado pelo coronel Belarmino (Antonio Calloni) quase pôs fim à vida de José Inocêncio (Humberto Carrão). No próximo episódio de Renascer, o “coronézinho” não ficará em paz até descobrir quem foi o responsável pela tentativa de assassinato.
As principais suspeitas recaem sobre Belarmino e Firmino (Enrique Diaz). Determinado a esclarecer a situação, ele arquiteta um plano engenhoso (literalmente sinistro) para identificar qual dos dois esteve por trás do atentado.
José Inocêncio costuma afirmar que transita entre Deus e o Diabo, mas na verdade, aqueles que verdadeiramente estão ao seu lado são os amigos Deocleciano (Adanilo) e Jupará (Evaldo Macarrão), juntamente com Inácia (Edvana Carvalho). Encontram Inocêncio em estado inconsciente, quase à beira da morte.
“Converse comigo, senhor Zé Inocêncio… converse comigo!”, implora Deocleciano.
“Ele está morto, Deocreciano?“, questiona Jupará.
“Ainda não”, assegura.
Mesmo Zé Inocêncio acredita que desta vez não escapará, mas Deocleciano toma a frente para colocar ordem na situação.
“Me pagaram… Deocleciano… dessa vez…”
“O senhor se acalme! E nem pense em morrer!”
“Vamos levá-lo para casa… a Inácia vai dar um jeito nisso.”
E é uma verdadeira sorte contar com uma Inácia na vida, pois ela realmente consegue salvar a vida do patrão.
“Quero saber quem foi o responsável por isso!”, diz ela, indignada.
“Não sei quem foi o responsável por isso… mas sei como vamos descobrir!”
Deocleciano e Jupará dirigem-se até a fazenda de Belarmino.
“Estamos convidando o senhor para ir lá na casa do nosso patrão, senhor José Inocêncio, hoje mais para a noitinha…”, começa Jupará.
“Mas para quê esse convite?”
“Para nós brindarmos com ele.”
Sem ter a menor suspeita de que está sendo ludibriado, Belarmino simula surpresa diante da notícia da morte de José Inocêncio e ainda assegura que colocará seus homens para investigar e encontrar o responsável pelo ocorrido.
E assim, o tumulto está formado. A notícia se dissemina e Firmino (Enrique Diaz) é incluído como outro convidado de destaque deste suposto funeral. Enquanto isso, Zé Inocêncio finge estar morto, apresentando-se em um caixão rodeado de flores. A encenação tem início e os dois coronéis fazem questão de marcar presença no velório. Nesse momento, Belarmino solta a bomba:
“Adquiri as terras dele. E vou além: investi toda a minha safra e mais uma quantia generosa em dinheiro nas mãos dele. Prometi entregar o restante quando concluíssemos a escritura…”
Deocleciano e Jupará mostram-se verdadeiramente habilidosos como atores, pois desempenham seus papéis com grande destreza. Quando Belarmino fica sozinho com o falecido, começa a se vangloriar da conquista:
“Eita tiro certeiro da gota!”
“Mas você não sabia com quem estava lidando! Agora sabe.”
Réu confesso! E quem ouve a confissão é Firmino, que também se considera proprietário das terras de Inocêncio.
“A única questão pendente que eu tinha está resolvida… e estirada nesse caixão”, afirma Belarmino.
Firmino deixa claro que não desistirá das terras e, assim, se Zé Inocêncio ainda tinha alguma dúvida sobre o seu suposto assassino, agora não tem mais.
“Quem puxa o gatilho tem preferência!”, declara Firmino.