Uma bebê com apenas 20 dias de vida foi salva de um episódio de engasgamento dentro de um apartamento por um bombeiro que estava de folga. O major Eduardo Lopes, integrante do Corpo de Bombeiros, estava descendo de elevador com seu filho quando o equipamento parou no 12º andar do prédio. Lá, a mãe da bebê aguardava, desesperada, buscando ajuda.
O incidente ocorreu no domingo (21) em um prédio situado no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Nas imagens disponíveis, é possível observar o momento em que Eduardo estava levando seu filho para brincar e foi surpreendido por Simone Roriz, segurando a filha Beatriz no colo.
Ao perceber que a bebê estava engasgando, o bombeiro empregou a Manobra de Heimlich para desobstruir a garganta dela. Após apoiá-la na perna, ele posicionou a recém-nascida de cabeça para baixo, aproveitando a gravidade para desengasgá-la, ao mesmo tempo que aplicava tapinhas nas costas de Beatriz.
Simone relatou ao programa Bom Dia Pernambuco que estava trocando a fralda de sua filha quando ela golfou e engasgou. “Vi que era como se fosse um refluxo, o leite começou a sair, e veio um engasgo. Coloquei ela em pé, para ver se descia. […] Comecei a fazer os primeiros socorros, mas vi que não estava tendo sucesso, não estava conseguindo, e, nisso, o nervosismo também estava aumentando”, explicou.
Diante disso, a mãe decidiu pegar o elevador para descer até o hall do prédio e pedir ajuda. No caminho, encontrou Eduardo Lopes, um vizinho que ela não conhecia.
“Foi um susto muito grande. Eu me deparei com a mãe olhando para mim e falando: ‘Olha, minha filha está engasgada, ela não está respirando’. Neste momento, dá um estalo na gente, que pensa em tudo o que a gente já vivenciou e todos os protocolos, e eu falei para ela: ‘Me dê que eu sei o que fazer’. Foi nesse momento que eu não saí do elevador porque, naquele canto, estava o meu filho, eu estava indo brincar com ele no parquinho. Então, se eu saísse, era capaz de o elevador fechar e levar meu filho lá para baixo. Então, eu tentei ficar no meio da porta para proteger meu filho, que estava do lado de dentro, e conseguir atender a família, que estava do lado de fora”, relatou o major.
“Eu entreguei a neném para ele e eu vi que ali ele já estava fazendo de maneira correta. […] Foi me dando um alívio porque fizeram uma respiração boca a boca. Ela foi voltando, chorou, o rostinho dela foi ficando normal”, contou Simone.
Graças à rápida ação do bombeiro, que durou pouco mais de um minuto, a recém-nascida foi salva. “A gente só tem a desejar gratidão porque, naquele momento, foi de extrema importância o procedimento que o major fez, salvou a vida da minha filha. Seremos eternamente gratos a ele e a Deus também. Ele estava na hora certa e no lugar certo”, expressou a mãe.
O empreendedor Gabriel Aguiar, pai de Beatriz, também expressou sua gratidão ao major por ter salvo a recém-nascida.
“É uma situação de impotência [ver]sua filha sem ar. Se você prender a respiração, você não passa um minuto. Imagina você saber que, do meu escritório para lá [o apartamento], eu ia demorar um ou dois minutos para chegar. Então, eu só estava esperando o pior. […] Ela não ia aguentar passar esse tempo todo sem nenhum procedimento não. Na hora em que eu cheguei, ela já estava praticamente desobstruindo. Foi só aquele soco mesmo para dar o choro e a gente hoje está podendo falar agora chorando de felicidade”, compartilhou Gabriel.