Na última sexta-feira, dia 5 de janeiro, o Brasil perdeu uma de suas maiores lendas do futebol, Mário Jorge Lobo Zagallo, carinhosamente conhecido como o “Velho Lobo”, que faleceu aos 92 anos. Até o fechamento desta edição, a causa de sua morte ainda não havia sido divulgada, deixando fãs e admiradores consternados.
Zagallo, nascido em 9 de agosto de 1931, em Alagoas, teve uma carreira extraordinária no futebol, destacando-se tanto como jogador quanto como técnico. Sua trajetória gloriosa incluiu contribuições marcantes para a Seleção Brasileira e feitos memoráveis com clubes renomados, sendo especialmente lembrado por suas conquistas com o Botafogo e sua passagem marcante pelo Flamengo.
O ícone do futebol iniciou sua jornada como jogador no América, mas foi no Botafogo que ele estabeleceu uma parceria lendária com outros grandes nomes do futebol brasileiro, como Garrincha, Nilton Santos, Didi, Quarentinha e Amarildo. Juntos, formaram a base da Seleção Brasileira bicampeã do mundo em 1962.
A habilidade ímpar de Zagallo como ponta esquerda, aliada à sua parceria com Garrincha, foi fundamental para o sucesso do Botafogo nos anos 1950-1960, resultando na conquista de títulos importantes, incluindo o Campeonato Carioca.
Sua contribuição para a Seleção Brasileira é insuperável. Zagallo participou de duas Copas do Mundo como jogador (1958 e 1962), conquistando o título em ambas. Sua versatilidade e talento em campo o tornaram uma peça fundamental nas equipes lideradas por técnicos renomados, como Vicente Feola e Aymoré Moreira.
Zagallo, não apenas um revolucionário como jogador, sendo pioneiro do ponta que volta para marcar, mas também como técnico, liderou a equipe que transformou para sempre o cenário do futebol mundial: o Esquadrão da Copa de 1970. Essa equipe icônica, que contava com Pelé, Jairzinho, Rivelino e outros craques, conquistou o tricampeonato, solidificando sua posição como uma figura lendária do futebol mundial.
Enquanto treinador, Zagallo foi responsável por liderar o Botafogo que formou a base da Seleção de 1970, conquistando a Taça Brasil de 1967 e o bicampeonato carioca de 1967-68, com astros como Jairzinho, Gerson, Roberto e Paulo Cézar Caju.
Antes de se tornar ídolo do Botafogo, Zagallo brilhou no Flamengo, onde estabeleceu uma parceria memorável no ataque com jogadores como Dida e Joel, contribuindo para a conquista da primeira Copa do Mundo do Brasil em 1958.
Após a Copa de 1970, Zagallo continuou liderando a Seleção em duas Copas posteriores (1974 e 1998), alcançando uma semifinal e um vice-campeonato, respectivamente. No entanto, seu feito único de quatro Copas do Mundo o tornou o único tetracampeão mundial da história, com títulos como jogador em 1958 e 1962, técnico em 1970, e auxiliar técnico em 1994.
A vida dedicada ao futebol de Mário Lobo Zagallo foi marcada por respeito e admiração, não apenas por suas habilidades em campo, mas também por sua competência como treinador. Seu legado é eterno, e o apelido “Velho Lobo” não apenas reflete sua longa trajetória, mas também representa o carinho e reconhecimento pelo papel fundamental que desempenhou na história do futebol brasileiro.
A partida de Zagallo representa um reencontro no universo do futebol com outras lendas que nos deixaram, como o Rei do Futebol Pelé, há pouco mais de um ano, e seus parceiros imortais do Botafogo, como Garrincha, Nilton Santos e Didi. O “Velho Lobo” agora faz parte do panteão das grandes estrelas que iluminaram o cenário do futebol brasileiro.
Segue abaixo a nota de pesar publicada nas redes sociais em homenagem ao eterno tetracampeão mundial Mário Jorge Lobo Zagallo:
“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de nosso eterno tetracampeão mundial, Mário Jorge Lobo Zagallo.
Um pai dedicado, avô amoroso, sogro afetuoso, amigo leal, profissional vitorioso e um ser humano extraordinário. Um ídolo de dimensões gigantescas. Zagallo deixa-nos um legado de conquistas notáveis.
Agradecemos a Deus pelo tempo que tivemos a honra de compartilhar com você e pedimos ao Pai Celestial que nos conceda conforto através das boas lembranças e do grandioso exemplo que você nos deixa.”