Aos 45 anos, Suzana Alves, conhecida por interpretar a icônica Tiazinha, causou controvérsia nas redes sociais ao compartilhar uma declaração sobre feminismo nesta quarta-feira, 8.
Atualmente dedicada à sua fé evangélica e cursando Psicologia, Suzana compartilhou uma frase que sugere que “o feminismo faz a mulher enxergar o marido como um competidor, os filhos como peso, e a família como desnecessária”. O restante da frase destaca que, em contrapartida, as Escrituras apresentam a visão de que o marido é parceiro da esposa, os filhos são herança do Senhor, e a família é um local de conforto, abrigo e alegria.
A publicação recebeu críticas significativas, levando Suzana a redigir um texto para esclarecer seu posicionamento diante da repercussão gerada pelo post.
“Devido à repercussão, decidi compartilhar aqui. Me identifiquei com essa frase devido à minha própria história de vida, incluindo meu passado e as experiências pelas quais passei e ainda enfrento. Cada indivíduo é único, e não pretendo ser definida exclusivamente por essa frase. Sinto-me cada dia mais bem e feliz sendo autêntica e verdadeira comigo mesma! Minha interpretação do ‘feminismo’ e minha expressão da feminilidade estão intrinsicamente ligadas à minha jornada de vida. Cada um tem sua própria trajetória… Já abordei algumas questões que achei pertinentes, e estou aberta para que cada um escreva e reflita sobre suas próprias crenças. Não consigo resumir aqui tudo o que vivi e vivo, mas quem sabe, um dia, poderemos nos encontrar face a face, compartilhando abertamente nossos corações e experiências! Paz!”
Em uma entrevista recente, Suzana revelou ter tomado uma decisão significativa quando optou por deixar para trás sua carreira na televisão, no auge do sucesso como Tiazinha: queimou as roupas da personagem. Essa atitude, segundo ela, foi crucial para que pudesse se tornar a pessoa que é hoje.
“Tudo o que conquistei é graças a Deus e à Tiazinha. Sou grata, mas foi necessário negar a personagem para me descobrir como Suzana. Passei por um período de luto, precisando enterrar o personagem para que eu mesma pudesse renascer. Queimei até algumas roupas da Tiazinha. Foi um verdadeiro ritual. Diversos rituais ocorreram durante esse processo. Mudei a cor do meu cabelo para ruivo e desejava que me chamassem pelo meu nome, Suzana. Não queria mais ser chamada de Tiazinha. Nem mesmo minha família sabia mais meu nome”, compartilhou ela em entrevista a Leo Dias.
A atriz explicou que optou por preservar algumas peças, como a máscara, por receio de confrontar as lembranças de tudo o que viveu e conquistou graças à personagem Tiazinha.
“Eu guardei algumas coisas. É a minha história. Felizmente, não queimei tudo, porque teria me arrependido, não é mesmo? Esse período de luto durou 10 anos. Para um ator, é desafiador separar-se de um personagem. Todos os papéis que interpretei precisei trabalhar em terapia para integrar”, explicou.
Convertida à religião evangélica há mais de duas décadas, Suzana utiliza suas redes sociais para disseminar mensagens religiosas. Recentemente, ela utilizou um adereço da sua antiga e famosa personagem para transmitir ensinamentos online. Em um vídeo, a atriz segura a máscara da Tiazinha e aconselha seus seguidores a “abandonarem as máscaras”.
“Atrás de qual máscara você tem se escondido? Onde está sua verdadeira essência? Até quando vai deixar de ser você? Proteger-se atrás de uma máscara que simplesmente não representa quem você verdadeiramente é? Abandonem as máscaras”, proclamou ela no vídeo.
Casada com o ex-tenista Flavio Saretta, Suzana utiliza as redes sociais para evangelizar e recordar os tempos em que alcançou grande sucesso com a personagem Tiazinha nos últimos anos da década de 1990 e início dos anos 2000, no extinto programa “H”, apresentado por Luciano Huck.
Detentora do recorde de vendas na revista “Playboy”, a atriz, atualmente com 44 anos, compartilhou um vídeo em fevereiro segurando a Bíblia, relembrando a enorme fama que alcançou e expressando sua felicidade e plenitude por ter “encontrado Jesus”.
“Ao olhar para o passado, eu reflito: cara, eu era a mulher mais famosa deste país. Todos queriam ser como eu. Todos desejavam ter meu corpo, meu cabelo, minhas roupas. Todas as revistas queriam me ter na capa, porque eu era muito popular. Eu vivia como uma estrela do rock”, comentou ela.
“Eu parava em todos os lugares, não podia sair da porta da minha casa sem seguranças. Eu só andava cercada por uma equipe. Havia pessoas para fazerem minhas roupas, serem minhas camareiras, seguranças, motorista… Eu era a sensação. E realmente era. Não tenho que negar meu passado”, continuou.
Suzana comparou a vida que tinha antes com a que tem hoje: “No entanto, eu não tinha amigos, não tinha pessoas que me amavam. Eu não tinha noção do que era amor. Eu era frustrada. Apesar de ser a número um do Brasil, eu não tinha esse sorriso, essa leveza que tenho hoje. Isso me faltava. E isso não alimentava meu ego. Não me fazia correr atrás de curtidas, plásticas, roupas, carnaval, ou buscar elogios dos outros. Isso acabou. Eu descobri o verdadeiro sentido da vida. Ele me amou primeiro, e por isso, entreguei meu corpo, mente e espírito, tudo o que tenho para Ele”.
“Hoje, minha situação material é completamente distinta daquela que vivi anteriormente. As pessoas já não me enxergam da mesma maneira como faziam antes. Se o fazem, é provavelmente para fazer alguma crítica ou comentário sobre a vida que levo hoje”, afirmou.
“Não possuo mais a mesma quantia de dinheiro que tinha anteriormente, tampouco a fama que desfrutava. Contudo, nunca fui tão feliz como sou agora. Essa felicidade atual é intrínseca, originada de um Deus único que me ama verdadeiramente. Ele reconstruiu minha vida”, concluiu ela.