A Síndrome de Guillain-Barré é uma condição considerada rara, porém tem havido um aumento no número de casos recentemente. No último domingo, o governo do Peru declarou estado de emergência devido ao aumento significativo de casos da doença. De acordo com dados oficiais, de janeiro a julho deste ano, já foram registrados 180 casos no país.
As autoridades peruanas consideram esse aumento repentino de casos como algo misterioso, uma vez que ainda não há motivos claros para explicar por que a doença está mais presente, o que tem sido um desafio para o Ministério da Saúde do país.
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara e grave, podendo levar à morte. Segundo os dados disponíveis, entre 5% e 15% dos pacientes afetados acabam falecendo devido à doença, que ataca o sistema nervoso central.
Devido ao aumento de casos, o Peru solicitou prioridade internacional na aquisição de imunoglobulina injetável, um medicamento considerado essencial para o tratamento da doença.
Essa situação no Peru também deixou os países vizinhos em alerta, especialmente porque ainda não está claro o motivo do aumento de casos. Com isso, despertou-se uma maior curiosidade sobre a doença.
A Síndrome de Guillain-Barré é uma condição grave, pois pode afetar o sistema nervoso central. Quando isso acontece, o paciente sofre um colapso, onde o sistema imunológico começa a atacar o próprio sistema nervoso como se fosse um inimigo.
Essa síndrome tem sido objeto de estudos há anos e algumas infecções foram associadas aos casos. Zika, dengue, COVID-19, gripe, sarampo e até a bactéria Campylobacter já foram relacionadas a casos documentados da síndrome.
No Brasil, a incidência de casos é baixa. Estima-se que ocorra de um a quatro casos a cada 100 mil habitantes. No entanto, há um número maior de casos entre pacientes com idades entre 20 e 40 anos.